Museu Virtual Guarani e Kaiowá
Museu Virtual Guarani e Kaiowá 2021
Realidade virtual
https://www.uclmal.com/virtual-museum
Laboratório de Antropologia Multimídia. (UCL)
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Coordenação:
Raffaella Fryer-Moreira
Fabiana Assis Fernandes
Ludovic Coupaye
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Apoiado pelo Ucl Grand Challenges Special Initiatives Fund
E The British Museum's Endangered Material Knowledge Practices Fund
Neste projeto, a UCL MAL está produzindo, em colaboração com as mulheres indígenas Guarani e Kaiowá, um Museu Virtual desenvolvido nas plataformas Mozilla Hubs e Unity. Este projeto de Museu Virtual busca atender às preocupações levantadas pelas comunidades indígenas em relação ao acesso da comunidade à gestão do patrimônio, criando uma infraestrutura digital por meio da qual as comunidades locais podem preservar, curar e exibir seu patrimônio cultural material e imaterial.
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Como os povos Guarani e Kaiowá enfrentam uma severa crise humanitária no Brasil, há a necessidade de uma compreensão maior e mais exposta dos direitos indígenas e da importância de se repensar as formas como o patrimônio cultural material e imaterial é gerido em escala global, aumentando a participação das comunidades na curadoria e exibição do patrimônio.
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UCL MAL, uma rede de pesquisa liderada por estudantes que explora métodos experimentais para prática de pesquisa e comunicação entre disciplinas, propôs a construção de um museu virtual online com curadoria de comunidades indígenas Guarani e Kaiowá no Brasil. Este projeto de pesquisa enfoca as relações entre saberes, práticas indígenas e seu meio ambiente, averiguando como e o que as comunidades Guarani e Kaiowá gostariam de preservar em seu Museu virtual.
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O Kuñangue Aty Guasu, liderado por anciãs e xamãs Guarani e Kaiowá, é um espaço essencial para as mulheres indígenas trocarem conhecimentos, desenvolverem propostas de ação compartilhadas e é um local chave para a criação de seu Museu Virtual. Com base no diálogo bem-sucedido estabelecido por meio da recente conferência Encontros Multimídia, este projeto apoiará as mulheres Guarani e Kaiowá na construção de sua própria identidade digital, ajudando a fornecer-lhes as habilidades que precisam para construir, manter e desenvolver ainda mais esses espaços online de exposição de seu patrimônio cultural.
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Atualmente o projeto concluiu sua primeira etapa, que foi desenvolvida de forma remota devido às condições estabelecidas durantes a pandemia de COVID-19. Nela desenvolvemos o primeiro protótipo do museu que foi apresentado de forma presencial e com os óculos de realidade virtual para a comunidade entre setembro e novembro de 2021.
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Nessa ocasião, um novo elemento importante surgiu, algumas Anciãs da comunidade relataram ver espíritos sagrados dentro do espaço virtual que não haviam sido incluídos pela equipe técnica do museu. A presença dos espíritos no museu de realidade virtual direcionou o projeto para uma nova investigação, voltada para encontros de alteridades em espaços digitais, e visibilidades e invisibilidades produzidas/possibilitadas pela tecnologia. Dessa forma, levantando questionamentos sobre o aspecto ontológico da realidade virtual e da tecnologia contemporânea confrontada com os saberes e práticas indígenas ancestrais.